terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Estrela na Serra

A "Estrela" foi o nosso Defender, que por montes e vales, subiu tranquilo e sem sobressaltos directo até ao ponto mais alto da Serra, onde ele próprio quase podia tocar o resto do firmamento!


No início da "ascensão" ganhámos forças em Seia, no fantástico Museu do Pão, onde só do buffet de entradas se pode fazer um farto banquete, completo com um menu curto mas apurado na especialidade, a pedir a companhia de um dos Dão das redondezas. Outra opção poderia ter sido o clássico Camelo, donde nunca saímos insatisfeitos.



Depois de Seia seguimos rumo ás Póvoas, a Velha e a Nova, num percuso de beleza esmagadora, iluminado por um final de tarde cujo o céu claro ia do laranja ao púrpura.


Em Sta. Marinha não pudemos deixar de nos deter no Pelourinho, visitar as suas capelas, admirar a ponte Romana e as fascinantes sepulturas antropomórficas. Sem darmos por isso, já estávamos em S. Martinho, onde vistámos a Igreja Matriz e a Casa da Torre.

Depois disto, continuámos a subir rumo a Manteigas e à magnifica Pousada de S. Lourenço, onde o calor acolhedor da lareira, a simpatia e hospitalidade dos funcionários, nos fizeram esquecer do frio gelado da Serra.


No dia seguinte acordámos acima das nuvens e com o Sol a brilhar... Mas claro que era Sol de pouca dura! Havia que tentar ver o Vale do Glaciar, antes que caísse novamente o nevoeiro!


Conseguimos. Chegámos ao Vale do Glaciar a tempo, e pudemos apreciá-lo em todo o seu esplendor.
Ao deixar o Vale para trás prosseguimos rumo ao Covão da Ametade.

Antes de subir para a Torre, queríamos ainda visitar o Covão da Ametade, na plenitude da sua exuberância invernal, com a água a correr gelada e com força.


Finalmente a Torre! O nevoeiro cortava-se ás fatias!
Temperatura?
-2.ºC, Obrigado!

Havia neve com fartura e apesar das estradas estarem limpas, o gelo adivinhava-se perigosamente aqui e ali! O nevoeiro transformava-se num muro que constantemente empurrávamos devagar e com a máxima precaução.


Em condições semelhantes, nunca me senti tão seguro ao volante de outro automóvel, como no Defender!

Tranquilamente, ia descendo da Torre sem a menor perda de aderência.


De volta a Manteigas, houve ainda oportunidade de visitar o famoso Poço do Inferno, com a sua impressionante cascata a rasgar com fúria o verde da motanha.

Neste passeio, a paisagem é um permanente festim para um olhar saturado da quotidiana luminosidade dos impiedosos monitores laborais.

A Senhora da Montanha permitiu que subissemos e com a sua benção descemos e regressámos sãos e salvos, apesar da constante tempestade que nos acompanhou de volta a Lisboa.

Num passeio em que, tal como é costume o nosso Defender foi a estrela que nos permitiu desfrutar, aquilo que nenhum outro nos proporcionaria.
Ficou a vontade de lá voltar na Primavera!


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