segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O RIBATEJO DOS AVIEIROS


Era já fim de semana e nada planeado.

O dia estava convidativo e já há algum tempo que queria ir "espreitar" um sítio...

Recordações de infância: passeios domingueiros com os meus avós, numa "station" Sunbeam vermelha, mais tarde um Escort branco, com almoços de enguias como pretexto, algures em Benfica do Ribatejo.


Lá fomos até ao Escaropim, onde "no meu tempo" não havia nada e agora para minha grande surpresa, existe um belíssimo restaurante mesmo à beira rio, usufruindo daquela bonita vista do Tejo, e a possibilidade de passear de kayak ou barco.



Está tudo impecavelmente arranjado com um passeio pedestre ornado de acolhedoras sombras para pic-nics. Existem rampas para os barcos, mas houve o bom senso de preservar as pequenas "docas" de madeira dos Avieiros, hoje também utilizadas pelos pescadores desportivos.


Do outro lado vê-se a bonita terra de Valada do Ribatejo.
As bucólicas praias fluviais banhadas por um Tejo majestoso, oferecem recantos tranquilos e pitorescos.


Houve cuidado em preservar as típicas habitações dos Avieiros, tão expostas que estão às violentas invernias do Tejo.

Ao deixarmos o Escaropim, seguimos na direcção de Muge, e algures no meio, descobrimos um areal a "dar sopa"...
Claro que uma vez mais tivemos de comprovar as aptidões do Defender na areia. Foi mais uma oportunidade para umas bricadeiras e saborear todo o gozo que areia proporciona!


Depois das brincadeiras na areia atravessámos a ponte em direcção a Valada.


Visitámos uma típica aldeia de Avieiros...


Cujas casas de cores garridas e alegres a compensar a dureza da vida destas gentes, foram recuperadas para benefício do turismo da região.


Terminámos o nosso passeio na bonita praia fluvial de Valada do Ribatejo, bem dotada de estruturas de apoio a quem queira por lá disfrutar de todas as possibilidades que o Tejo oferece.
Muitas são as tasquinhas com os petiscos típicos da zona, entre os quais saliento as enguias fritas, o ensopado de enguias e a açorda de sável.

Finalmente regressámos a Lisboa satisfeitos pelo dia bem passado com os olhos e a memória cheios de paisagens de enorme beleza. O Defender uma vez mais permitiu-nos entrar em contacto com a natureza chegando a sítios impróprios para qualquer outro veículo.