quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Ria de Alvor - Caminhar também é bom!

A Ria de Alvor é o exemplo típico de um ínfimo pedaço de paraíso estrangulado por todos os lados pela pressão imobiliária e turística.

Numa tarde fosca desta Primavera cinzenta de 2007, num"corriqueiro" passeio dos tristes, decidi ir até á Ria apanhar ar! Lá fui pela 125, e depois de Odiáxere, virei algures na direcção do mar. Qual GPS qual quê, fomos explorando sem destino!

Ao entrar no caminho paralelo ao rio, em pleno parque natural encontrámos outro Defender prateado e impecável, cujo consciencioso proprietário se terá apeado para melhor disfrutar do cenário, como daí a pouco também faríamos.


Com o calor dos últimos dias no "inferno" das ruas de Lisboa, estar alí naquele dia cinzento e fresco foi uma benção da Mãe Natureza!
Chegados ao ponto em que o caminho se torna paralelo ao mar. atravessando toda a Ria, encontrámos uma placa que proibe a circulação de veículos. Apeámo-nos e iníciámos a caminhada, enchendo os pulmões com todo aquele ar imaculado e por ali seguimos, admirando algumas aves que ali tem o seu habitat, a vegetação selvagem e as estreitas línguas de areia que separam o mar do rio.
Para lá dessas línguas de areia branca, apercebemo-nos do mar prateado cuja linha de horizonte naquele dia, se desvanecia no cinzento esbranquiçado do céu. A brisa do mar invadia toda a ria enchendo-a de frescura, libertando-nos de toda a memória citadina.



Os liquenes das águas interiores proporcionam uma visão quase irreal daquele mágnífico cenário. Acolhendo o valioso alimento das aves pernaltas ali residentes, que perseguem num criterioso ritmo majestático e delicado a busca pelos pequenos organismos da sua dieta.


Olhando com atenção lá conseguimos distinguir o Defender perfeitamente enquadrado na paisagem para a qual foi concebido!

Uma vez mais alerto: é vital respeitar as regras para que todos possam disfrutar da Natureza sem a perturbar. Neste caso, respeitámos os sinais afixados, e onde o piso dos caminhos se encontrava mais ensopado evitámos passar, atravessando de largo por forma, a não deteriorá-los, com sulcos indesejáveis que quando secos difcultam a progressão no terreno.
Positivo: Vários cartazes informativos indicando as espécies de fauna e flora ali existentes, para que o caminhante possa disfrutar de todo aquele ecossistema.
Onde comer:
Para recuperar forças, nada como um bom peixe fresco grelhado na Tasca do Morgadinho ou no Babuja junto à lota de Alvor.
Vasco Martins dos Santos