quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

2006 - O Meu Dakar.

No momento em que a ASO, já decidiu transferir o Dakar para a América do Sul, abandonando definitivamente terras Africanas, é com saudade que recordo o "meu" Dakar.

É com grande tristeza que reconheço que o Dakar tal como foi concebido e o conhecemos, acabou! O terrorismo venceu!

Foi ainda em 2005. A ideia era passar o reveillon no deserto, mas alguns de nós (eu) tinham a secreta esperança de poder vislumbrar o maior Rallye do mundo.


E lá partimos numa noite fria de Dezembro da estação de serviço do aeroporto de Lisboa, rumo a Marrocos, via Tarifa, montados em três coisas japonesas e dois experientes Defender 110.

Ultrapassado o Atlas, chegámos ao Erg Chibi, onde tomámos o primeiro gostinho das dunas e festejámos a passagem de ano.



Assistir ao pôr do sol no deserto é sempre uma experiência memorável.


As primeiras brincadeiras nas dunas.


O que estará do outro lado?
Será cassé?



Trabalho de equipa: indicações precisas fruto do saber de experiência feito!


Prego a fundo! Os Defenders foram feitos para isto!



...Por perigos e guerras esforçados...

...Mais do que permitia a força humana...

Só um Defender é digno de puxar outro Defender!


De novo a rolar em plena liberdade! Sem semáforos, sinais de trânsito, multas de excesso de velocidade - a liberdade total dos grandes espaços!


As enigmáticas gentes do deserto...



A alegria inocente das crianças do Sul que a todos cativou e comoveu...
Viver feliz, com tão pouco!

Pormenor de Marrakesh.


Quando menos se esperava, e já tínhamos desisitido de ver o rallye passar...
As primeiras motas... E nós ali!


Uma bandeira portuguesa no meio do deserto, para saudar o nosso Carlos Sousa.



...Passou num ritmo alucinante, imperturbável, concentrado na condução!


Estávamos no meio daquilo, parecia que fazíamos parte do Rallye

...E segue, segue, segue, não vira para lado nenhum, segue, segue...
Acreditem ou não, mas aconteceu: estávamos de tal forma no meio do Rallye que houve alguns motards perdidos que nos pediram indicações!!! Por sorte o momento ficou registado.


Circulávamos mesmo no meio do Rallye! Os concorrentes ultrapassavam-nos por todos os lados e nós fotografávamos!


Inesquecível o chá no deserto, servido com todo o charme do Aziz.


O descanso da máquina, com uma merecida sopradela nos filtros em Zagora.



Paisagens esmagadoras emolduravam permanentemente os nossos 110, que pareciam pertencer àquele cenário.



Ficaram memórias inesquecíveis...

Adeus Dakar! Até sempre!
Vasco Martins dos Santos