É uma das verdadeiras joias da coroa da marca britânica, um dos modelos mais cobiçados pelos aficionados, é já uma peça de colecção. Trata-se de um
Range Rover Vogue SE de 1994 (Mk 1 Series III) 3.9 L V8. O seu orgulhoso proprietário informou-nos que foi um dos poucos importados para Portugal. Foi junto da
MESCLACAR, que este coleccionador sentiu confiança para lhe dar os necessários cuidados de manutenção.
Vulgarmente conhecido entre os Landrovistas por Classic, o modelo concebido por Spencer King é um verdadeiro clássico entre os todo-o-terreno, e ainda hoje o seu design é reconhecido como a quinta essência dos SUV, sendo considerado o primeiro verdadeiro SUV. Apesar disso, as suas capacidades fora de estrada, envergonham muitos dos chamados "jipes". Permitindo andar em todo-o-terreno, em grande estilo, no requintado ambiente de luxo britânico, associado ao máximo do conforto.
No interior temos um conjunto de poltronas, totalmente ajustáveis à frente, forradas no mais irrepreensível couro, as portas com guarnições em madeira, recordando-nos a tradição dos puro-sangue ingleses. Dispõe também de cruise control, vidros eléctricos e fecho centralizado de portas.
Este modelo vem equipado com uma caixa automática, que permite controlar sem pensar os quase 200 cv de potência e os 304 Nm de binário máximo, do motor V8 de combustão interna. Este é um dos motores a gasolina mais respeitados em todo o mundo, pela sua robustez e fiabilidade. Concebido pela GM como Buick 215 em 1961, foi mais tarde redesenhado e produzido pela Rover, vindo a equipar modelos tão famosos como os MG e MGB, Rover, Triumph, TVR e claro os nossos
Land Rover.
Uma das inovações deste modelo a partir de 1992 é o ECAS - Electronic Controlled Air Suspension e em 93 é introduzido o ABS e o controlo de tracção. Sendo o exemplar em apreço de 1994, já conta com todas estas inovações.
Nesta fotos podemos apreciar o pormenor de um dos quatro sacos de ar do sistema de suspensão electrónico.
Nestas fotos podemos apreciar o Range com a suspensão na posição mais rebaixada e comparar com a posição mais elevada, aumentando consideravelmente as suas capacidades em condução fora de estrada.
No lindíssimo Niagara Green, dou comigo a sonhar calçado de Wellingtons, a colocar um estojo com um par de Purdeys no porta bagagens e partir para um exclusivo couto, onde ainda se encontre caça miúda genuinamente brava. Ou a aproveitar a parte inferior do portão traseiro como mesa de piquenique, na companhia de que mais gostamos, nas margens de um ribeiro numa soalheira tarde de primavera.
Sentados no seu interior compreendemos porque razão este modelo mereceu o título de Rolls Royce dos todo-o-terreno. Que nostalgia sinto da beleza e requinte das coisas simples e bem feitas.